Os diferentes tipos de obesidade tem se tornado um dos problemas de saúde mais comuns ao redor do mundo.
A Organização Mundial da Saúde (OMS) classifica-a como uma epidemia global, atingindo pessoas de todas as idades, gêneros e grupos socioeconômicos.
No entanto, a obesidade não é uma condição homogênea, pois apresenta diversas formas, cada uma com suas próprias características, riscos e implicações para a saúde.
Ao entender cada tipo, é possível direcionar tratamentos e estratégias de prevenção mais efetivos, contribuindo efetivamente para o seu enfrentamento. Confira!
Tipos existentes
Ao contrário do que muitos pensam, a obesidade não é uma doença uniforme. Existem vários tipos, cada um com seu fator de risco específico e implicações para a saúde.
Dessa forma, cada tipo pode requerer abordagens de tratamento e prevenção diferentes. Conheça alguns dos tipos mais conhecidos:
Obesidade Geral ou Massiva
Este é o tipo mais comum de obesidade, geralmente avaliado pelo Índice de Massa Corporal (IMC).
No caso da obesidade geral, a gordura está distribuída por todo o corpo, não apenas em uma área específica. Pessoas com obesidade geral têm um IMC de 30 ou mais.
Obesidade abdominal ou andróide
Também conhecida como obesidade do tipo “maçã”, esta condição se refere a quando o excesso de gordura se acumula na área abdominal.
Isso pode ser particularmente perigoso, pois a gordura abdominal pode levar a complicações como doenças cardiovasculares e a necessidade de realizar uma cirurgia para diabetes.
Neste tipo de obesidade, a relação cintura-quadril ou a medida da cintura geralmente são usadas para avaliar o risco.
Obesidade ginecóide ou periférica
É chamada de obesidade do tipo “pêra”, caracterizada pelo acúmulo de gordura na parte inferior do corpo, como quadris e coxas.
Este tipo de obesidade é mais comum em mulheres e, embora seja menos associada a condições de saúde crônicas do que a obesidade abdominal, ainda pode levar a sérios problemas.
Obesidade mórbida
Tipo extremo de obesidade, caracterizado por um IMC de 40 ou mais, ou 35 ou mais com a presença de doenças relacionadas à obesidade, como diabetes tipo 2 ou hipertensão.
Ela pode levar a complicações graves, incluindo doenças cardíacas, apneia do sono e uma expectativa de vida reduzida, principalmente se for desenvolvida uma hérnia abdominal.
Obesidade Infantil
Já a obesidade infantil é um problema crescente e se refere a crianças e adolescentes com um IMC no percentil 95 ou acima para a sua idade e gênero.
Pode levar a problemas de saúde na infância, como diabetes tipo 2 e asma, e também aumenta o risco de obesidade e problemas de saúde na vida adulta.
Vale ressaltar que estes são apenas alguns dos tipos mais comuns de obesidade. Cada tipo tem suas próprias implicações para a saúde e pode exigir diferentes abordagens de tratamento.
Portanto, é importante entender essas distinções ao abordar a obesidade como um problema de saúde.
Implicações dos diferentes tipos de obesidade para a saúde
Cada tipo de obesidade tem seus próprios riscos específicos para a saúde. Conheça alguns desses riscos:
Na obesidade geral, onde a gordura está distribuída por todo o corpo, pode exercer pressão excessiva sobre o sistema cardiovascular e esquelético.
Isso pode levar a hipertensão, doenças cardíacas, doenças hepáticas, osteoartrite e certos tipos de câncer, como o câncer no aparelho digestivo.
Já na obesidade abdominal, caracterizada pela concentração de gordura na área abdominal, é considerada perigosa, pois está próxima a órgãos vitais como o coração e o fígado.
Está associada a um maior risco de diabetes tipo 2, doença cardíaca, hipertensão, colesterol alto e acidente vascular cerebral, além de poder levar à síndrome metabólica.
Apesar de ser menos prejudicial do que a obesidade abdominal em termos de doenças que necessitam de cirurgia metabólica, a obesidade ginecóide ou periférica apresenta grandes riscos.
Pode levar a problemas como varizes e osteoartrite devido ao excesso de pressão sobre as articulações das pernas e dos quadris.
No caso da obesidade mórbida, as consequências para a saúde são sérias e incluem doenças cardíacas, alguns tipos de câncer, doenças do fígado e das vias biliares, hipertensão, infertilidade e até mesmo uma expectativa de vida reduzida.
Já as crianças com obesidade possuem maior risco de pressão alta e colesterol alto, que são fatores de risco para doença cardiovascular, além de um maior risco de desenvolver diabetes tipo 2, asma, apneia do sono e doença hepática gordurosa não alcoólica.
Por todos esses motivos, pacientes devem gerenciar a obesidade sob a orientação de profissionais de saúde qualificados para reduzir esses riscos à saúde e melhorar a qualidade de vida.
Tratamentos para obesidade
Cada tipo de obesidade tem suas peculiaridades e riscos específicos à saúde, porém, os pilares da prevenção e do tratamento são semelhantes. como:
- Alimentação saudável;
- Atividade física;
- Acompanhamento médico;
- Tratamentos específicos;
É importante lembrar que a prevenção e o tratamento da obesidade devem ser abordagens multifacetadas, que levem em consideração todos os aspectos da saúde de uma pessoa.
Mudanças no estilo de vida são fundamentais, mas o apoio e o acompanhamento médico são essenciais para um tratamento eficaz e sustentado, como em uma cirurgia de câncer no estômago.
Cirurgias como opções de tratamentos
Em alguns casos de obesidade, especialmente quando a condição é severa ou quando outras abordagens de tratamento falham, podemos considerar procedimentos cirúrgicos.
Eles são conhecidos como cirurgia bariátrica, que são intervenções que alteram o sistema digestivo para auxiliar na perda de peso.
Elas incluem procedimentos como o bypass gástrico, a gastrectomia vertical (conhecida como “sleeve”) e a banda gástrica ajustável. Saiba mais sobre cada um deles:
Bypass gástrico
No bypass gástrico, uma pequena parte do estômago é isolada e o restante do estômago e parte do intestino delgado são contornados.
Isso reduz a quantidade de alimento que a pessoa pode consumir e a quantidade de calorias e nutrientes que o corpo pode absorver.
Gastrectomia vertical (Sleeve)
Este procedimento remove cerca de 80% do estômago, deixando um tubo estreito ou “manga”.
Dessa forma,a bariátrica sleeve limita a quantidade de alimentos que a pessoa pode comer e também afeta os hormônios que regulam a fome e a saciedade.
Banda gástrica ajustável
Nesta cirurgia, o cirurgião coloca uma banda ao redor da parte superior do estômago para criar uma pequena bolsa com uma abertura estreita para o resto do estômago, o que limita a quantidade de alimentos que a pessoa pode comer de uma só vez.
De modo geral, estes procedimentos têm demonstrado eficácia na perda de peso e na melhoria ou até mesmo na resolução de condições relacionadas à obesidade.
No entanto, como qualquer cirurgia, elas também apresentam riscos e requerem uma mudança de estilo de vida a longo prazo.
O acompanhamento médico com um cirurgiao bariatrico contínuo e o comprometimento do paciente são cruciais para garantir o sucesso e a segurança destes procedimentos.
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A importância de um médico especializado
Procurar um médico especializado em obesidade é de suma importância para um tratamento adequado e bem-sucedido.
Com seu amplo conhecimento é possível realizar diagnósticos precisos, desenvolver planos de tratamento personalizados, monitorar o progresso de forma contínua, fornecer apoio e orientação necessária e, se necessário, encaminhar o paciente para outros especialistas.
Este acompanhamento especializado é crucial, pois a obesidade é uma condição complexa, com vários tipos e subtipos, e muitas vezes está associada a outras condições de saúde.
Portanto, procurar um médico especializado é uma das partes mais importantes no que diz respeito à obesidade.
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Com a compreensão da complexidade e das várias implicações da obesidade para a saúde, fica evidente a necessidade de procurar ajuda médica especializada.
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